Eu decidi ficar um pouco mais presente na vida de vocês. A partir de agora vou lhes mandar alguns e-mails todas as semanas.
Os e-mails são o formato mais próximo que temos das cartas. Vou aproveitar a liberdade e o espaço para lhes falar da minha trajetória intelectual, inquietudes, projetos e comentar o que tenho estudado no momento.
Quando vovó Eva me apresentou ao Benedito Nunes – como eu contei no livro A Crise da Cultura e a Ordem do Amor –, foi um encontro; eu encontrei alguém que já vivia aquilo que eu começava a amar.
Eu digo “aquilo” porque ainda não sabia muito bem o que era. Não conseguia articular o desejo de forma clara, embora lesse vorazmente nessa época.
O Bené não precisou me falar da vida intelectual logo de cara. Fazendo-me seu amigo, ele permitiu que eu visse uma vida intelectual se realizar na minha frente. E a visão me cativou.
O rastro que o Bené, o Padre Fabrizio Meroni, o professor Sandro Alex Simões e outros mestres deixaram na minha vida, também eu o quero deixar na de vocês.
Ainda que não estejamos fisicamente próximos, a frequência dos e-mails vai lhes mostrar um pouco do meu amor.
Vocês lerão aqui narrativas pessoais, comentários de aulas, ideias de cursos, relatos de dias descontraídos, pontos de meditação em orações e tantas outras partes da minha vida que compõem uma unidade.
Vida intelectual, vida matrimonial, vida profissional, vida espiritual... é uma divisão abstrata cujos fragmentos só encontram sentido – felicidade – quando são partes de um mosaico. Quando nos sentimos quebrados, incompletos, é um sinal de que desejamos a unidade.
Eu a encontrei numa caminhada. O percurso foi descrito nos meus livros, nas minhas aulas, nos meus posts e, agora, também será relatado aqui para vocês.
Sabem o que é mais bonito? Quando pareceu que cheguei ao fim (Deus), na verdade foi um novo começo, ainda mais apaixonado do que o primeiro.
Eu encontrei a unidade que buscava sem saber. Agora, quero mostrá-la também a vocês.
Como São Josemaría falou na homilia que tanto amo – Amar o Mundo Apaixonadamente –, “Há uma única vida, feita de carne e espírito, e essa é que tem de ser — na alma e no corpo — santa e plena de Deus, desse Deus invisível, que nós encontraremos nas coisas mais visíveis e materiais”.
Até breve, meus amigos.
Victor.